(Flávio Murrah)
Pessoas à minha volta
Escravos da mesmice
O cheiro da derrota
Gestos estudados
E o tão pouco parece muito
E o tampouco parece muito
Caminham em bandos guiados
Pelo acorde monocórdico
De uma lei que está oculta
Mas todos obedecem
E tudo me parece pendente
Como um pescoço depois de enforcado
Pode ser que Deus goste de mim
Mas o demônio é meu próximo
E hoje eu resolvi sentar
Numa das pontas da lua minguante
Sente na outra, por favor!
Eu sou o dito mal
Você o bem, o bem, o bem
Acredito que os dois lados existam
Como os dois lados de uma moeda
Que já não tem valor
Que já não tem valor