(Flávio Murrah)
Ouço gritos
De onde vêm os gritos?
Bordam risos
Espaços e abrigos
Louvam sinos
Por quem que ardem os sinos?
E cantam hinos
Da pátria dos vencidos
E tocam um louco final
Que os faz unir de punidos mortais
O que o som dirá?
E que o som dirá?
Dizeis, dizeis
Hum, um refrão raivoso virá
Canteis, dançais
Eviteis um engano agora
Como em tudo, como em tudo
Como em tudo
Ouço gritos
Que trazem um aviso
Mordem caminhos
Preferem os baldios
Forjam ninhos
Refúgio dos aflitos
E servem ao cio
Fogueiras de perigo
E bebem a todo suor
Que a febre possui
Como um cálice de vinho
E que o sermão dirá
E que o sermão dirá
Dizeis, dizeis
Hum, se o pior encanto vingar
Volteis atrás
Eviteis um engano agora
Como em tudo, como em tudo
Como em tudo