Numa tarde de calor o sol já estava baixinho
No tronco de uma paineira lá na curva do caminho
Encontrei com meu amor o meu querido benzinho
Eu sentia tão feliz como canta os passarinhos
E no tronco da paineira eu escrevi um versinho
Com a faca de ponta fiz entre os espinhos
Sinto muita saudade dela e também dos seus carinhos
Oh que sorte ingrata
Seu desprezo mata vivo sofrendo sozinho
O nosso amor começou como o vento levezinho
Sem esperar de repente surge ao longe um roda moinho
Que varrendo as estradas folhas secas do caminho
Assim foi o nosso amor me deixando assim sozinho
Hoje só resta a saudade e o silencio do meu pinho
Se eu passo lá na estrada eu leio os versinhos
Suspiro de saudade sozinho
Tem nos versos nome dela que eu fiz com as mãos
Cinco letras do nome
Cinco espinhos que estão ferindo meu coração