No triângulo mineiro
Numa certa povoação
Morava um fazendeiro
O mais rico da região
Tinha somente uma filha
De muita estimação
Por nome de margarida
Linda sem comparação
Por ela ter muita riqueza
Se valia da beleza
Pra fazer ingratidão
O capataz da fazenda
Por ela sentiu paixão
Suplicando o seu amor
Foi pedir a sua mão
A fazendeira orgulhosa
Sorriu da sua intenção
Deu a conta ao capataz
Para servir de lição
Dizendo que era nobre
Nunca viu um homem pobre
Servir para ser patrão
O tempo foi se passando
Movida por ambição
Margarida organizou
Um torneio de tradição
Comprou um burro famoso
Por nome de furacão
Dava uma rosa de ouro
E também seu coração
Para um peão de vulto
Que parasse dez minutos
No lombo do tal burrão
Aquela rosa de ouro
Arrastava a multidão
Todos os peão que montou
O burro jogou no chão
O capataz tendo a notícia
Veio de outros rincão
Mostrou no lombo do burro
Ser o rei da profissão
O torneio foi decidido
O burro tombou vencido
Na espora do campeão
Margarida arrependida
Chorando pediu perdão
O capataz comovido
Falou com educação
Aceito a rosa de ouro
Para a minha coleção
Casar com dama de luxo
É ter muita pretensão
Além disso eu sou casado
Tenho lá no meu reinado
A rainha deste peão