Arquiteturas, talvez de amor…
Lindas canções, cofres, negro véu,
Num branco corcel, uma estrada abrir,
A filigrana dos tons , como a flor, se abrir
Mil corações, mil corais de luz,
E um chafariz a jorrar mil notas no ar…
…E quando o império estiver, retornar…
Pedra por pedra, o castelo, ver
Sair do chão e atingir o céu,
Suspiros ao léu, invernias sem fim,
No pentagrama, um tom, pouco a pouco vir
Mil invenções, mil versões da cruz,
E uma matriz desfolhando as dobras do ar…
…E quando o império estiver, retornar…
Mar… novo mar… velho mar…
Me diz qual o rumo…
Vento do sul, tinge azul nas asas do mundo
Quantos refrãos haverá no altar
Só à espera de um beijo dar?...
Há quantas nações o projeto refaz
Corpos na cama, sinais, credo, guerra, paz?...
Mil gerações, mil paixões azuis,
Fazendo a crista da onda se encrespar…
…E quando o império estiver, retornar…
De: João Araújo e Pedro F. Sousa