Planejei sabotar o destino
Quando a carta mostrou outro Rei…
Quando o amigo me disse: “Vai não!”,
Entidades negaram paixão
Abatido, eu até repensei…
Procurei alterar o futuro…
Nas palavras, eu embaralhei
Atitudes, o meu velho olhar,
A conduta da minha emoção,
Até quando eu me desesperei
Te chamei e manchei esse adeus,
Te pedi pra despir nosso amor,
Eu rezei e zerei minha fé e até
Já roguei pelo tempo da flor
E agorei nessa ponte de horror,
Nosso porto de mágoa e torpor, meu Deus…
Eu andei, me danei a chorar
Eu levei o meu corpo, eu velei
Pela noite anotei meu penar, sim,
Bem que premeditei e despertei-me
Argumentos sem explicação
E afoguei nesse fogo sem fim, meu bem…
De: João Araújo e Bozó 7 Cordas