Descendo o morro sambando
Ainda com a cuca em Noel,
Com os meus passos gingando
Levantando os braços pro céu...
Nos vagalumes das casas,
Vejo a cidade acordar,
O povo abrindo suas asas
E eu me fechando no lar...
Sou pontual no batente,
Naturalmente a sambar,
Batuco na caixa e o pente,
Do meu reco-reco, é o lugar...
Assim pelas noites compridas,
Filosofando no bar:
O Samba refrata essa vida,
O Sambista reflete o luar...
De: João Araújo e Walter Marques