Sou um cidadão sem cidade
Eu sou um reino
De um homem só...
Fui da Lua ao Sol,
Tantas ruas e mares,
Fartei tanto os meus olhares
Por lugares que nem sei...
Fui em busca de outros reis
Das suas lutas fui seguidor dedicado
Como aprendiz, fui um apaixonado
Defensor das suas leis
Mas agora num dia muito a sério
Quando dei por construir
O meu próprio castelo
Fartei a mesa,
Eu lhes trouxe o vinho
Na bandeja, eu dei carinho
Mas não me quiseram dar...
Hasteei bandeiras...
Anulei os defeitos...
Eu abri todo o meu peito...
E eles não quiseram entrar...
Mas agora erguendo o meu império
Quando dei por conduzir
Dos rituais, o mais belo
Baixei a ponte...
Abri as janelas...
Eu deixei as portas abertas
Mas não quiseram me visitar...
Acendi incensos...
Joguei tantas flores...
Eu mandei rufar tambores
Mas ninguém me quis honrar...
Escrevi poemas...
Cantei mil canções...
Declarei-me em orações ...
E nem sequer vieram olhar...