Guardiães de ouro, estátuas,
Palacetes de marfim
Labirintos de cristais, masmorras…
Onde estão os colibris?
Cantarão sem fio, as harpas?
As trombetas, os clarins
Soprarão nas madrugadas roucas
Sem as bocas a impelir?
Pela Terra,
Mares,
Ares,
Sol,
Até refulgir…
Haverá lugar nas almas
Para um sonho-colibri?…
Legiões de colibris nas almas
Feito sinos a dobrar…
A luzir talvez sublimação…?
Tatear a imensidão…?
Ou, tão só, querer sentir
A manhã feliz…
De: João Araújo e Márcio Resende