Fado da nossa partida
E de nunca haver chegada
Foi desgarrada da vida
E a vida à desgarrada
Fado da nossa memória
E da história por contar
Sabe a derrota e a vitória
Cheira a porto por achar
Fado do nosso sentir
Ninguém sabe donde vem
Talvez de Alcácer-Quibir
E quando chega é ninguém
Fado do tudo e do nada
Fado que não tem medida
Há sempre uma desgarrada
Na desgarrada da vida