Olha a neguinha que eu bicava na janela,
O zóio dela me procura sem para...
Em seguidita me resolvo e pealo a chiba,
Me vou p´ra riba nem o diabo p´ra ataca.
Nunca me esqueço tudo o que a nega fazia,
Até gemia, quando ia me beija, Bica, que bica essa neguinha não se cansa,
E só descansa bem depois do sol raia.
Deixa que venha essa neguinha chegadeira
Sou bagaceira doutorado em retouço
E da-lhe beiço, me judia nos pelego
Me tapa de achego das viria até o pescoço
Esse perfume que ela bota no congote,
É p´ra frangote pia grande que nem eu...
Nesse chamego a neguinha nunca faia,
Bota ?cangáia? no roceiro mais ateu...
Tinha pedido ao Nego do Pastoreio,
Botasse freio na quentura dessa nega,
Mas me engatei nessa neguinha da janela,
Pois foi por ela que larguei duma galega.