Não arrepare no meu jeito companheiro
Pois sou campeiro e tenho muito pra contar
Trago no lombo muita vida e pó na estrada
E este é o meu jeito todo taura de chegar...
São meus arrimos o improviso e a cantoria
E de adorfia um potro xucro pra lidar
Sobre os arreios sou pachola nas carona
As redomonas varam léguas pra me olhar
Bem do meu jeito, gauderiando por vontade
Sou bem assim, não pense que é vaidade
Meu pensamento corre souto nos potreiros
Pois sou parceiro de tudo que deus me deu
Vago solito, outra vez acompanhado
Lá no meu pago há um amor que se perdeu
Se quando canto trago entono de monarca
É por fuzarca por favor não leve a mal
Guardei a tarca pra esquecer de “conta” o tempo
Sou como o vento, vou de manso a temporal