Reculutando a potrada com as varas da mangueira.
No bate patas do campo, só ficam vultos e poeira!
São gritos de bamo cavalo
toca-toca, êra-êra...
Entre potros que amansei,
Que sentei meu lombilho,
Foram baios e ruanos, sebrunos e douradilhos,
Já quebrei muitos tobianos, alazão, preto e tordilho,
De vinagre até um negro, todos os pêlos eu encilho,
Gateados e lobunos, zainos também domei,
Um rosilho prateado em malacaras andei.
Arrucinei um bragado,
Um oveiro negro, um rosado
Um chitão branco amelado.
E um picaço pata branca,
Que por sinal desconfiado,
Especial baio-gateado,
Que nunca deixou-me a pé,
Um tostado bico branco,
Tropiei muito em pangaré,
Um colorado cavano,
Um azulejo muy feio,
Que às vezes em volta do rancho
Deixava mascando o freio
Só me falta o potro mouro
Que é pra sentar meus arreios.