Um sul de verdade campeia em meus olhos
de bota e bombacha, montado a capricho
de alma amansada curtida da lida
com a doma da encilha na ponta dos cascos...
Um sul de verdade galopa comigo
sujeitando o pingo nas cambas do freio
sovando os arreios nas léguas do pago
reunindo o gado num pelado de rodeio.
Que tal um abraço compadre de mate
permita um aparte sem muito floreio
tirando os terneiros, as vacas de leite
o resto agente rebanha pra o lado!
Sentado nas dobras do basto
pensativo com a hora por fazer
me agrada uma sombra de mato
um cusco atirado, e um violão pra escrever
é o Rio Grande, gauchuda amiga!
de bota e bombacha, tapeando sombreio
dobrando os pelegos tapados de terra
é um quebra costela de atorar ao meio
é o sul mais campeiro que temos na vida
é a nossa porfia de prosear no galpão.