Alço a perna e salto em cima do potro ali palanqueado
Prendendo a crina entre os dedos eu me ponho enforquilhado
E dou o primeiro corcoveio já bem firme sobre o lombo
Cravo-lhe forte as esporas não costumo levar tombo
Risco desde as paletas correndo até a virilha
Mostro a força do meu braço sou eu que lhe dou a trilha
Esqueço um pouco do mundo “aumenos” naquele instante
E vejo as coisas girando ao descermos num lançante
E vamos nessa peleia potro e homem, homem e potro
Corcoveando campo afora um querendo vencer o outro
E vamos nessa peleia potro e homem, homem e potro
Corcoveando campo afora um querendo vencer o outro
Com o mango surro-lhe o queixo pra não ficar retovado
E deixo pegar galope, pois sinto que esta domado
Agora é botar aperos encilhar este potro
Amanha será outro dia já esta me esperando outro
Não tenho medo da morte, pois esta não tem maneia
Mas vou sentar-lhe esporas pra ver se ela corcoveia
Meu pala soprando ao vento e o campo vai se alongando
No rumo do infinito quero seguir gineteando
E vamos nessa peleia potro e homem, homem e potro
Corcoveando campo afora um querendo vencer o outro
E vamos nessa peleia potro e homem, homem e potro
Corcoveando campo afora um querendo vencer o outro