Acordo de manhã e abro a janela.
Minha quebrada! Minha favela!
Como eu....Milhares de pessoas.
Moram aqui.... E tão de boa
Acordam bem cedo e vão trabalhar.
Se não tem emprego, vão procurar
Carteira assinada é coisa rara.
Um bico aqui e ali e traz feijão pra casa.
De certa forma cumprem o seu papel.
Se não encontram nada vão vender papel.
Fazem bolo em casa e vão vender.
Venda porta a porta pra sobreviver.
São seguranças. São taxistas.
Bancas de jornais. São diaristas.
Com criatividade vão respeitando toda gente.
Alguns são estudantes, outros de sangue quente
E dizem por ai: O país está crescendo.
E o povo daqui vai sobrevivendo.
E o povo daqui vai sobrevivendo.