Zezão da Silva um brasileiro.
Trajetória difícil o tempo inteiro.
Zezão da Silva um brasileiro comum.
A mãe morreu cedo. O pai um bebum.
Desde cedo passou fome, começou a roubar.
Mais tarde passou coisas começou a ganhar.
Na Quebrada dava as cartas, começou a mandar.
Pra fugir da fome, trabalhou no farol.
Dinheiro pouco, não podia ser pior.
Vida difícil, a todo instante.
Tava na hora de conhecer o volante.
De carrão importado começou a andar.
Tênis importado. Muita cerva no bar.
Três minas sustentava, a família e os camarada.
Maior respeito lá na quebrada.
Mas quem deve paga ou vai ter problema.
Do celular, ele comanda o esquema.
Do celular também faz negócio.
Fala com o sócio que é dono do consórcio.
Que é comerciante conceituado.
Dono de lojas, supermercado.
Até de franquia no shoping center .
Olha o Zé!!! Com mais um cliente.
Investir no mano dá muito dinheiro.
Ao final de tudo vão fazer um cruzeiro.
Vida longa pros donos do dinheiro!
Vida longa pros donos do dinheiro!
Agora pro Zé nem tudo foram flores.
Como diria, a dona das Dores.
A tiazona vinha do supermercado
Num bar da vila, ele tava sentado.
Apareceu um motoqueiro encapuzado.
Zezão da Silva foi metralhado.
Nem se levantou, morreu sentado.