Se chover, vai molhar,
Se beber, vai cair,
Se estourar, eu vou fugir,
E se vingar, eu vou parar,
Os soldados vieram até mim,
Perguntaram-me se eu era assim,
Disse lhes que eu não valia um vintém,
Surpreendi-me com tanto desdém,
A opressão fez que eu me omitisse,
A revolta fez com que eu batesse,
Pela minha liberdade eu fiquei preso,
Mas com minha força eu fiquei ileso,
Se tu queres voz ativa,
Lute por aquilo que é seu,
Talvez sobreviva,
Cuidado pra não ser fariseu,
Vá para Bagdá,
Cuidar do seu Aiatolá,
Vá fazer guerra pra lá,
Porque aqui quem quer guerra não há,
Viva neste teu mundo,
Rodeado de dinheiro,
Mande seus exércitos dominarem tudo,
Tu não passas de um ato estrangeiro,
Estás mais pra lá, do que pra cá,
Ali perto de Bagdá,
Prestes a encontrar o diabo,
Aquele sim é o seu lugar, nem um pouco probo,
Tire o seu quepe,
Se fure num estrepe,
Pague seus pecados,
Ajudando os loucos,
Se continuar, não vou agüentar,
Se deste jeito ficar, eu vou zarpar,
Se a ditadura não extinguir,
Eu vou sumir,
Estás mais pra lá, do que pra cá,
Ali perto de Bagdá,
Prestes a encontrar o diabo,
Porque aquele sim é o seu lugar, nem um pouco probo.