Eu vejo um brilho nos teus olhos
Quando você está dormindo,
Eu vejo a cor do arco-íris
Quando tá tudo enevoado
Eu pinto só o Sol vermelho
Uns onze riscos: uma casa
Bebo gotas do teu orvalho
Conto copas do teu baralho...
Assopros, vis cornetas, sondas
E o que não entendem
Me perguntam...
Por que não querem mais amar?
Talvez o amor tornou-se um vício
E viciado não tem vez
Todos aqueles que são contras
Na certa já fizeram, ao menos, uma vez
Eu conto o vil metal
Pra não pegarem de surpresa
A prestação está em conta
E cada vez mais com teus juros,
Quero voar com sete chaves
E planejar com tuas gramas
Quero comer os teus retratos
E devorar a solução.
Não quero vício, nem perdão
Amar hoje em dia é triste
Ter um amor é tão normal
Decepção não é mais foda
Poda então a minha flor
Quero que morras com a cruz
E a espada do amor
Quero que morras sem ninguém
Quero uma faca no teu coração...
Quero que morras me pedindo
Dois tragos de uma pimenta
E tenha a doença concreta
De uma coisa tão sincera....
Quero que morras de amor
Quero que morras por amor
Quero que tenhas meu perdão
E que descanse em paz, então...