Ás vezes sinto-me como um grão de areia
na beira da praia
Tão forte por poder compor tamanha maravilha
Tão fraco por ser apenas mais um
Nas solas dos pés de outrem
Às vezes sinto-me como um cubo de gelo
Exposto ao sol nem esperanças há de se recompor
Condensado ao frio intenso
Faz-se sólido como a rocha
Ás vezes sinto-me como uma ave que corta os ares
E contempla o mistério do sem fim
Masque se obrigam a migrar alhures
Ás vezes sinto-me como um ser humano
Dotado de inteligência
Capaz de transformar o mundo
Mas tendo o peso sobre os ombros
Deixando a esperança escapar