A terra pede socorro
Enquanto o silêncio finta
A morte devora gente
Com uma fera faminta
A cada corte de árvore
A sorte de um ser semeia
Efeito colateral
Ronco da serra pranteia
A cada lixo que invento
Se junta a estupidez
Penetra o solo inocente
Um chão de morbidez
A água que bebemos
Se torna o nosso veneno
No esgoto que corre solto
Com o seu mau cheiro sereno
Amar a Deus é preservar a vida
Amar a si cuidar do nosso irmão
Sagrado é tudo que aqui respira
Zelar pelo equilíbrio é missão
Evolução tá bem longe
Do ser que tanto pregam
A imagem do criador
Suas atitudes o negam
O homem fala demais
Bafeja tanta menção
Mas não passamos de bestas
Dançando nas próprias mãos
Se a gente não alterar
Os nossos meios de agir
Iremos nos condenar
Seres extintos porvir