No dualismo humanal
a face exposta
que explode e auto-explica-se
exteriorizando o eu-realístico
e a face oculta
que omite-se e auto-afirma-se
diante da realidade do não, do nada, do nenhum, do nunca
Diante da janela o contraste e o confronto
entre o todo-possível
materializado pelo tempo e o espaço físico
e o tudo-deífico
a personificação do infinito
insubstancial, impossível
existencializado pelo indivíduo!
Diante da janela a síntese e a antítese da criação
o princípio divino da equação
que converge o divergir, metamorfoseando a alma
no processo gestativo que dá à luz um ser
a consciência!
Diante da janela, da imagem-que-fala
das mãos-que-cruzam-se
sentido: dúvida [?] ou paixão [!]
do corpo-que-incorpora
perspectiva: ideal [?] ou ilusão [!]
do rosto-que-autorrevela-se
expressão: homem [?] ou mulher [!]
da arte-que-autorrealiza-se
entre o relativismo da criatura
o absolutismo do criador
e o poder da criação!
Diante da janela o gênio
o divino ser sendo humanizado
uma obra-prima
o trans-for-mis-mo
[... mo
mis
for
trans
o...]