Negra cor
Berço sagrado africano
Luz à humanidade teu ventre concebeu
Batalhas ela lutou
O açoite do invasor
Um grito de liberdade por vir!
Herança do teu chão
A marca da escravidão
É preciso resistir!
Encanto, sua beleza é poder de sedução
Paixão, amor
Força vital que nos conduz, bendiz
Seio materno que me criou
Teu aconchego me faz feliz
Embala eu, embala eu mamãe
Embala eu, embala
Tem quitute, tem angú, mungunzá, caruru
Vatapá com dendê
Põe pimenta pra arder
Preta véia benzedeira
Alumia meu terreiro
É canjerê, é canjerê
É feitiço é magia, arrepia o corpo inteiro
É canjerê, é canjerê
Bendito é teu fruto, senhoras do destino
Um novo caminho a trilhar
Razões para se orgulhar! Ôôô
Histórias de luta e suor
A esperança de um mundo melhor chegou!
Ôôô, ôôô
Desce o morro do salgueiro guerreira
Negra mulher, iabá
Deixa a lágrima rolar
Ao erguer tua bandeira
Sua voz ninguém vai calar