Portela espalhou sementes da jaqueira
No chão de Oswaldo Cruz e Madureira
A procissão do samba é reza, é ritual
Quem ousa vence o carnaval
Brilha no céu a constelação
Ribalta do centenário
O presente descortina o passado
Neste palco iluminado
Elenco imortal é relicário
Cantei a Lapa, Amazônia e o amor
Macunaíma matou cobra e deu um nó
Quando um rio que passou em minha vida
Desaguou na avenida
Vi a força de um braço só
Quem dera
Ser pomba da paz, conto de areia
Quem samba na beira do mar é sereia
Luz da inspiração é candeia
Pzindim, pzindim tua rosa é divina
Gosto que me enrosco no feijão da vicentina
Ah, quantas lágrimas
Derramei com o coração em desalinho
Mas, também chorei
De emoções colhendo estrelas no caminho
A brisa mareou nas maravilhas
Aos olhos da noite fez-se o esplendor
Mulher brasileira charmosa, faceira
És uma beleza em flor
Sou vaidosa. Hoje o meu voo é tão bonito
Majestade solta o grito
No azul que vem do infinito
Candonga! Água de beber pra Tabajara
Recordar ilu ayê odara
Prosear a sombra do quintal