Nico Balseiro, senhor
Das áuas do Uruguai
Gastando a vida no rio
Neste eterno vem e vai
Olhar fundido nas margens
Contrabandeando ilusão
Das pátrias que ancoraram
No porto do coração
Quem mira o seu interior
Verá da alma a pureza
Larga sonhos na barranca
E as mágoas na correnteza
Nico balseiro, senhor
Servindo duas bandeiras
Remando sonhos iguais
Que águas não têm fronteiras
Na fusão de duas pátrias
Que a balsa tornou capaz
Nas ondas Nico balseiro
Nico estandarte da paz.