Fiz uns versos sem vaidade
Pra falar de uma saudade que há muito me persegue
E que o tempo quer levar,
Mas a vida vem mostrar que ele tenta e não consegue!
Saudade dos tempos moços, das ânsias, dos alvoroços
e da paz do meu rincão...
Tantas saudades presentes,
num poema simplesmente escrito de coração.
Mas até em rima pobre
A saudade é muito nobre, ela desafia os sábios:
Será que é um sentimento ou o gosto dos momentos
Que a vida traz nos lábios?
Só sei que o instante passa
e a lembrança nos abraça na mesma velocidade
E nos diz em voz serena que agora resta apenas,
dos momentos, a saudade...
Alguém já disse pra mim
que o tempo não tem fim e isso não há quem mude;
No decurso da vivência, em troca de experiência, ele leva a juventude...
Um "recuerdo" tem seu preço, isso eu sempre reconheço,
mas quero que a vida cobre
Nem que seja com saudades,
nestes versos sem vaidade, escritos com rimas pobres...
Que saudade da casinha e do pátio da escolhinha,
do rincão onde eu cresci!!
Saudade da inocência, de pensar que era querência
este mundo em que vivi.
A brisa da nostalgia traz encantos de poesia
nestes ventos do passado
E me vejo qual menino repisando meu destino
enquanto sonho acordado...
Mas não trago só saudade...
pra falar bem a verdade, eu toco a vida pra frente...
Com os olhos no futuro, vou tentando andar seguro
nos caminhos do presente.
Cada um tem sua cruz, toda estrela tem sua luz,
todo homem tem saudades
A minha virou poesia, com rimas pobres nas linhas,
mas tão rica de verdades!!!