Tremeu de medo a coragem
A valentia sumiu
Quando ela de passagem
Olhou pra mim e sorriu
Já livrei talho na cara
Pranchaço pelas costelas
porém nada se compara
Com adágua dos olhos dela
Já apartei briga de faca
levei tiro de raspão
Mas sempre quando ela passa
Deponho as armas no chão
Pra aporreado eu não me rendo
Dou de mango risco a espora
Seu olhar queima por dentro
E me congela por fora
O mais xucro dos cavalos
Gineteio assobiando
Na frente dela me calo
Com o coração sofrenando
Dia desses me emborracho
E ensaio um verso e declamo
Desmonto a banca de macho
Pra sussurrar Eu te amo