Coisa esquisita a gadaria toda,
Penando a dor do mango com o Focinho n'água
O campo alagado nos obriga a reza,
No ofício de quem leva, pra enlutar as mágoas...
O olhar triste do gado atravessando o rio,
A baba dos cansados afogando a volta,
A manhã de quem berra num capão de mato,
E o brado de quem cerca repontando a tropa...
Agarre amigo o laço,
Enquanto o boi tá vivo,
A enchente anda danada molestando o pasto,
Ao passo que descampa a pampa dos "mirréis"
E a bóia que se come, retrucando o tempo
Aparta do rodeio a solidão local
Pealando mal e mal o que a razão quiser...
Amada!
Me deu saudade,
Me fala que a égua tá prenha,
Que o porco tá gordo,
Que o baio anda solto,
E que toda a cuscada lá em casa comeu!
Coisa mais sem sorte este peste medonha,
Curando os mais bichados deu febre no gado,
Não fosse a chuvarada se metendo a besta,
Traria mil cabeças com a benção do pago...
Dei falta da santinha limpando os peçuelos,
E do terço de tento nas preces sinuelas,
Logo em seguidinha é semana santa,
Vou cego pra barranca e só depois vou vê-la!