Me encantei pela morena
Num romancito fronteiro
Ela é filha de patrão
Eu, filho de bolicheiro
Ela é herdeira da estância
Tem lote de sesmarias
Eu só tenho o par de arreio
E um bolicho na coxilha
O pai dela é moço brabo
O irmão dela, índio toro
Eu não quero problema
Mas não levo desaforo
Sigo mangueando na lida
E, nos finais de semana
Me paro n'algum rodeio
Só pra ver a quero-mana
Me paro n'algum rodeio
Só pra ver a quero-mana
Vou empurrando uma tropa, volto golpeando um bagual
Só pra vê-la na janela me abanando do pontal
E, assim, deu-se a história pra um romance regional
Ela é moça bonita, eu sou peão mensual
Me encantei pela morena
Num romance delicado
Ela é moça prendada
E eu sou um pobre coitado
Mas nunca baixei a crista
Tenho tudo que preciso
Só me falta conquistar
A dona deste sorriso
A mãe dela é boca braba
A irmã, diz que é uma fera
Não quero me complicar
Sigo firme na espera
Não careço de riqueza
Nem carrego ambição
Só interessa pra mim
Conquistar seu coração
Só interessa pra mim
Conquistar seu coração
Vou empurrando uma tropa, volto golpeando um bagual
Só pra vê-la na janela me abanando do pontal
E, assim, deu-se a história pra um romance regional
Ela é moça bonita, eu sou peão mensual
Me encantei pela morena
Filha mais nova do patrão
Moça linda, delicada
Que pealou meu coração
Pois, se ela me permite
Meto o cavalo e enfrento
Já encaro o sogro véio'
E peço ela em casamento
Vou empurrando uma tropa, volto golpeando um bagual
Só pra vê-la na janela me abanando do pontal
E, assim, deu-se a história pra um romance regional
Ela é moça bonita e eu sou peão mensual
Ela é moça bonita e eu sou peão mensual
Me aguarda, louca véia'