Sabe compadre, ando assim pela querência
Campeando a estrada que cruza nalgum rincão
Ranchito humilde, palanqueiro de cruzada
Mate de espera que yuya meu coração
Sabe compadre, que o sentimento aparece
Sempre que a noite espanta o sol pra canhada
Namoro antigo daqueles que o campo entende
Lambe o sereno, no escuro da madrugada
Parece um vício daqueles que te maneia
Um oh de casa! Num rancho do yapeyú
Mate de espera com gosto de maçanilha
Que me apresilham, teus lábios de guabijú
E a noite cruza na quincha da lua nova
Com a calmaria que o campo mostra pra gente
Acorda o dia no bico de um joão barreiro
Que canta bem altaneiro no parapeito da frente
Um radiozito, por sobre um cepo de tábua
Derrama a mágoa, de um tango bem correntino
E eu por supuesto, não julgo meu coração
Acredito na intenção e nas voltas do destino