Quando o rei de Portuga recebeu o e-mail que o Pero encaminhou
Lá na Corte o povo comemorou teve festa com vinho e chocolate
A Princesa Isabel acessou um chat, conversou com os Conde, os Duque, os Lorde
Alugaram um trem bala e três concorde e pra cá se mandaram bem ligeiro
E chegaram a tempo do enterro do Sardinha ao molho de tomate
Coisa igual eles nunca tinham visto nas Europa, na França ou na Turquia
Coisas que só tinha na Bahia, Arapiraca, Sergipe e em Juazeiro
E cansado, sentaram seus traseiro no primeiro galho de algaroba
Perceberam que o óleo de peroba por essas bandas ia ser muito usado
Daria o maior dos bronzeado na cara de pau dos brasileiro
Seu Beethoven ouvindo Gonzagão, apurando as oiça pra aprender
Zé Limeira e Dante na TV disputando uma grande ambolada
Dom Pedro num canto comendo cocada, e Nassau de coca chupando manga.
Monalisa muito séria a desfilar de
tanga, enquanto atendia o celular
Lhe diziam: “nessa terra tudo dá” e começaram a plantar as trapalhada
Shakeaspeare no colo de Aderaldo, escutando Patativa do Assaré
Padre Ciço na igreja da Sé ensinando o Papa a rezar missa
Chega alguém, e diz, “paga as alvisa, acabou de chegar gente importante”,
Joana D’Arc amuntada num elefante, extintor de incêndio na cacunda
De Notre Dãme chegou o corcunda, com notbook, HP e Cartão Visa
Depois disso os índios se arretaram e disseram: “aqui, ocês tão sobrando”
Foi tudo que é nego se obrando, a maior correria mata a dentro
Cabral tropeçou num mói de coento e o jumento de Nero lhe deu um coice
Bonaparte pegou a sua foice e saiu capando quem encontrasse
Dessa saga só escapou Onassis, o resto o pau comeu no centro
Recomposto do susto que tomou, despejado da casa onde morava
O caminho das índias ela olhava e de vez em quando descobria
Diferença alguma Cabral via por debaixo da tanga ou da camisola
Igualzinho do caminho das espanhola, sem tirar nem por, às vezes pondo
E ainda que ao rei se opondo, prosseguiu sua viagem em calmaria