Digas, coração
Que tipo de amor tu queres
Quando miras a paixão
O que esperas das mulheres?
Uma escrava queres
Ou não, preferes uma amiga?
Queres a tua mãe
Ou a mão de uma rapariga?
Agita-te a visão
De um anjo em trevas desmedidas
Ou luz em profusão
No mar de tuas feridas
Queres das igrejas
Repicar de sinos
Ou então desejas
Ser o assassino
Do amor que beijas
Como um menino?
Digas, coração
Alto e bom som
Que te competes por medida
Seja o que for
Eu me ponho em marcha batida
Para abrandar a dor e o prazer
Da gratidão da vida!