Hum... teus olhos dizem vem! Não temas
E eu teimo em não acreditar
Tua boca grita vem! Não fujas
E eu finjo não te escutar
Tuas mãos acenam vem! Não percas
E eu peco só por duvidar
Hum... teu corpo fala vem! Não negues
E eu medro só em pensar
Que tudo pode ser
Pode não passar
De leve sedução, fome voraz
E tudo pode ser
Pode não passar
De leve sedução, fome voraz
Tudo o que nos faz buscar no outro
O corpo que nos falta
A falta que nos faz
A paz, o pó, a paz, a paz, o pó, o pó, o pouco
Mais que suficientes para ser demais!
E se fores tu não mais
Que mais um bote da serpente?
E eu, Adão carente inútil da paixão fugaz
No fundo do colchão depois só resta, de repente
Orvalhos de ilusão, desejos, beijos, nunca mais
Eu temo, eu fujo, eu perco
Eu teimo, eu finjo, eu peco, eu nego
A chance de te ter em minhas mãos
Eu temo, eu fujo, eu perco
Eu teimo, eu finjo, eu peco, eu medro
Teu corpo é meu silêncio e sedição
Teu corpo, silêncio
Teu corpo, sedição
Teu corpo... Uau!