Chamarrita
Sempre no compasso da chamarra
Canto com entusiasmo, faço festa, faço farra –
Levo na minha pouca bagagem
A saudade e a lembrança e junto uma guitarra.
Sempre vou seguindo a trote lento
Acompanhado pelo vento, me segue a passarada –
Para alegrar este meu peito
Vou com muito jeito conquistando a gauchada.
Na jornada desta minha vida
Carrego muitas feridas de um peão apaixonado –
Chora minha mágoa de gaúcho
Sou simples e sem muito luxo, muito honesto e honrado.
Vou acumulando estas lembranças
E trago como herança uma luta sem vitória –
Para aquecer minhas façanhas
Tomo um bom gole de canha e a saudade vai embora.