Sempre te olhei comovido
Sob as estrelas do céu
Teu rosto de olhar sem sentido
Debaixo do teu chapéu
O teu corpo de fantoche
Banhado de chuva ao relento
Sempre fazendo deboche
Do frio, calor e do vento
Guardião de palha e galho
Braços abertos de Cristo
Espantar era um trabalho
Que eu jamais tinha visto
Gravata vermelha e amarela
Quase descomunal
Balançando feito vela
De um barco medieval
Tudo que aprendi contigo
Foi saber ter solidão
Teu silencio meu amigo
Fala no meu coração