Toda vez que o Deus do amor escolhe alguém
Na desamparada multidão
Um olhar perdido ganha vida e luz
E no peito acende, de repente, um clarão
E quem era um sozinho, entre uns
Não conhece agora solidão
Vida, minha vida estrada vento ar
Peito transbordando de canções
O desejo de viver a latejar
Toda a loucura das humanas sensações
Olha meu amor, a tarde
Foi morrendo sem alarde
E eu nem vi a noite sobre o mar chegar
Só teus olhos, meus desejos, tua boca
São teus beijos mais que o mar
O entardecer
E a noite aberta sobre nós
Por se largar do cais
O amor
Desata a solidão dos nós
E vai