Foi nas caravelas de El Rey
Que eu aprendi a singrar
Águas e ventos sem lei
Novas terras buscar
Mas hoje vejo no cais
Inquietos barcos dormir
Pois que o cordame do porto
Lhes rouba o partir
Eu sou como os navios
No porto a se afligir
Lutando contra os nós
Para seguir
Pois o coração das naus
Na solidão do mar
Se alegra na emoção
Do navegar
Vê como se afina o terral
Nas velas dos galeões
Lhes dando força, destino
Sentido, razão
E a liberdade que está
No vento novo a soprar
Nem com amarras cruéis
O porto pode tomar
Solte então os nós, se duvidar