Noite serena
Brisa ligeira
Varrendo o pé da serra
Lua pequena
Na cumeeira
Pátio de chão de terra
Toco de vela
Sobre a janela
Flor no caramanchão
Ronco de ribeirão
Luzes distantes
Céu de brilhante
Dança de pirilampos
Pranto de bacurau
A ecoar nos campos
Lareira acesa
Lanche na mesa
Noite pra não ter fim
E que ficou em mim
Como se a mocidade
Fosse algo infinito
Fosse a felicidade
E o amor mais bonito
Fosse o enredo
De uma saudade
Que sobrevive ao tempo
E se espalhou no vento
Lá em penedo