A minha casa é a lua-cheia
Há muito tempo eu moro lá
Tem uma estrada, um chão de areia
Luminosa, feita em grãos de luar
fica no meio da campina azul do céu
Sôlta no ar
quando uma estrela incandescente
deixa um rastro e cai no mar
sou eu chegando em meu cavalo
com a viola pra cantar
sou viajante violeiro
vim da luz de outro lugar
meu corpo é desse mundo aqui
mas meu espírito é de lá
eu tenho a espada de são jorge
pra te benzer e abençoar
só trago versos de esperança em meu alforje
pra te dar
eu tenho a chave do universo
dependurada em meu colar
e tenho o dom clarividente do futuro
no meu olhar
e tenho o sopro da vida
que do nada me faz criar