Adoro o Fado Corrido
Onde há sempre uma cantiga
A trazer-nos ao sentido
A fadistagem antiga
Se recordar é viver
Eu entendo, quanto a mim
Que não se deve esquecer
O velho Fado Franklim
E o Meia-noite, esse fado
meigo, terno e saudosista
Que remiu todo um passado
Da boémia fatalista
Dois Tons, perene lembrança
Que alguém imortalizou
Traduz uma viva herança
Que o passado nos legou
O Fado Carlos da Maia
Que nos lembra as horas mortas
Desde os círios da Atalaia
Às ceias fora de portas
Não te esqueças do Menor
Ardente, sentimental
Que o Menor é o maior
Dos fados de Portugal
Também com arte e com brilho
Outro fado o povo entoa
Menor do Porto que é filho
Desse Menor de Lisboa
Nesta revista de fado
Um merece a primazia
Seria crime e pecado
Esquecer o Mouraria