Queixava o moço da sorte pra um fazendeiro famoso
O senhor que goza a vida, seus negócio são rendoso
Pro senhor não farta nada, não é que eu seja invejoso
Mas o pobre neste mundo vive só por ser teimoso
Respondeu o fazendeiro, vê meu cabelo armejando?
Comecei no guatambu com a idade de oito ano
Lidei com tropa e boiada, caindo e me levantando
Meus cabelos prateado é de tanto desengano
Como pode o desengano tomar conta de um ricaço?
Um homem como o senhor não tem quem lhe corte os passo
Nesta questão de amor pega dinheiro aos maço
E os brotinho mais lindo já se joga nos seus braço
Respondeu o fazendeiro, tudo isso é ilusão
A minha maior riqueza escapou da minha mão
Os filhos que eu estudei me deixou na solidão
Só se lembra do pai rico nas hora de precisão
Ainda disse o fazendeiro, a maior felicidade
É ter saúde e amor e também a mocidade
Esta terra que ocê vê é meu ouro em quantidade
Tudo isso eu daria para ter a sua idade
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)