Pai João no tempo de cativeiro
Foi um fiel companheiro de confiança do patrão
Nunca errou e também nunca mentiu
Em terrível desafio sofreu tanta ingratidão
Pai João foi seu fiel candeeiro
Hoje eu sou o carreiro do seu véio carretão
Com sua falta sofri muita desventura
Minha mágoa não tem cura, quero a sua proteção
Pai João, quanto mais a vida passa
A velhice me abraça choro sem consolação
Quanta tristeza, vejo passar os janeiro
Me aperta o desespero, como é triste a solidão
Pai João, eu também já estou velhinho
Trilhando o mesmo caminho que andaste no sertão
A minha vida é tão triste como o quê
Mais o dia que eu morrê quero ir com Pai João
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)