Um boiadeiro sem alma todas as cruz que ele achava
Na beira daquela estrada com desprezo ele arrancava
Se encontrasse vela acesa sorrindo ele apagava
Jogava o cavalo em cima com a cruz estraçaiava
Numa noite numa estrada uma cruz ele encontrou
Quando ele foi arrancá, no braço da cruz pegou
Era o braço de um homem que do chão se levantou
E o vulto dentro da noite em sua frente ficou
O vulto falou, meu filho não faça isso jamais
Você tentou arrancá a cruz do seu próprio pai
Aqui foi aonde eu morri há muitos anos atrás
Na parma da sua mão o meu nome gravado vai
O boiadeiro de susto caiu no chão desmaiado
Quando acordou no outro dia pensou que tinha sonhado
Mas chorou arrependido quando ele viu confirmado
Com sangue na sua mão o nome do seu pai gravado
O boiadeiro de susto caiu no chão desmaiado
Quando acordou no outro dia pensou que tinha sonhado
Mas chorou arrependido quando ele viu confirmado
Com sangue na sua mão o nome do seu pai gravado
Hoje quando ele passa em frente da santa cruz
Sempre reza um padre nosso, pede perdão à Jesus
Não viaja mais a noite, viaja durante o dia
Todas as cruz que ele passa reza três Ave-Maria
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)