Morena, flor de morena,
Orquídea negra dos jardins do pensamento.
Melenas longas, da cor da noite,
olhar de açoite que me fez sorrir por dentro.
Não sei, "ah" eu não sei
como se pode querer tanto um amor que nem nasceu.
Sonho vivido, peito ferido,
tú foste embora e não me disses nem sequer adeus.
Morena, minha morena,
não te condeno por em mim não acreditar.
Eu fui culpado pois não sabia
que amaria alguém que nunca soube o que é amar.
Nunca, certo que nunca
tú saberás que para ti compus esta canção.
Mas não importa, pois mesmo assim
chegou ao fim este amor que só foi ilusão.
Se acaso um dia ficar sabendo
que foi você quem motivou a minha inspiração,
não te arrependas, peito covarde!
Já será tarde, pois, mataste o meu coração.