Quando escuto uma gaita tocando
nos fandangos lá do meu pago,
visto a pilcha e me vou pras bailantas,
levo uma canha e um bom mate amargo.
Vou bicando uma guampa de canha
desconfiado co’as modas de agora
tem crinudo metido a valente:
de brinco na orelha e grampo na cola.
Estr:/Nem tudo que é novo é bonito,
o modernismo nem sempre faz bem.
Ainda sou do sistema antigo,
falo pouco, mas cumpro o que digo,
sou o que sou e não imito ninguém./
Não me leve a mal parceiro
se meus versos falam a verdade,
neste mundo moderno de agora
sobra estampa e falta qualidade.
Pode até me chamar de grosso,
pouco importa com o que eles dizem.
Sou a estampa do velho Rio Grande
e trago a essência de nossas raízes.