Aquilo que o bacharelismo destina
- Não me dou -
Dou-me apenas á esquina
Dos bares onde o padrão engasgou
Dono do abandono e do ponteio
Recito a navalha do receio
Num convite à esperança:
Poema cotidiano, sofrimento mudança
Em cada copo afundo
Pedaços enforcados do mundo
Não é a boêmia que me esfaqueia, mas a vida!
Farrapo da mensagem ofício
Cujo destino concedeu o benefício
De ser poeta e o verso dívida