Não é somente uma lona cobrindo o asfalto
Quebrando tempo-espaço entre edifícios, num salto
Como uma ilha envolta à solidão, à poluição,
Refletindo família na atenção de uma criança
Mas sim, o circo Gente que o acreditar avança
E nela despenca o peso da ilusão,
Equilibrando o trapézio da contradição
E faz de palhaço seu anonimato à servidão
Seu lugar é um somos qualquer Nada mais
Cada holocausto é domado por magias radicais
Do picadeiro respirando povo-infância, sonhos reais
São momentos, são cores, dopados pela estréia
Importa apenas que haja uma platéia
Bailando no furor da inocência