Galopo verso
No alazão da poesia
Sob pena de confesso
Eu espanto a agonia
Assim dizia
Um velho violeiro
Cujo canto pioneiro
Virou moda no sertão
Seu canto é livre
De errante, de alvitre,
Sua mente é um mirante
Pra Justiça semear
Ele faz cantiga
De tudo que pode
Da viola amiga
Sua implosão explode
Como quem ataca
Em ponta de faca
A dor que a vida traz
Velho violeiro
Não canta mais
Da vivência finda
Um sonho, um caís
Dádiva bem-vinda
No filho seu
Que me diz agora estrada
Seu Pai sou eu..