As águas invadem
A entranha das pedras.
Nas praias desertas
Em que te procuro.
As águas penetram
Caminhos escuros.
E trilhas incertas
No abismo das pedras.
E as águas serenas,
Com suas sereias,
Invadem amenas
O grão das areias.
As águas penetram
Teus olhos castanhos,
Encharcam teu corpo
E embalam teu banho.
As águas velozes,
Revoltas, inquietas
Carregam as almas
Dos nossos poetas.