O tempo ta feio na fronteira,
Tem vento e polvadeira, vai chover
Ouvi na rádio uruguaia, o boletim não falha,
Vem água no anoitecer.
Nesta longa avenida,
Eu transito minhas mágoas,
Entre dois mundos.
Nestas calçadas vazias,
Eu divido os meus dias,
Numa fronteira absurda.
Assim mesmo, procuro os teus olhos,
Na visão de quem olha, apenas por ver.
Meu desespero é ás avessas,
Depois das promessas que prometemos,
Por prometer.
E o outro lado do mundo,
É o mesmo lado da rua,
Pelo menos por aqui.
Mouros, morenos, mulatos, ciganos,
Gente de fato, querendo ser feliz.
Prometo – Te mando notícia de mim,
Te mando notícia de mim,
Te mando notícia de mim,,
Eu prometo.
Pra semana, arrumo minha mochila,
Dou de mão na viola, é hora de partir.
Compro passagem pra Trienta y Tres,
Jaguarão fica mais perto da gente ir.
Faço planos prá volta,
Vontade não falta de acertar.
Aos olhos de minha filha,
Sou o mesmo herói, que eu queria
Que fosse meu pai.
No mais eu vou indo, quem sabe, qualquer dia desses,
A gente se encontra,
Como diária o amigo Plínio:
- Lá por Franças, Bahias e Europas.